Voando.
Ela ganhou peso, eu perdi.
Ela chorou muito, eu ainda mais.
Estamos aprendendo juntas, ela estranhando esse mundo fora da concha
Eu tão pra dentro que tive uma dor nas costas absurda.
A delicadeza de Marina é tanta que me deixa tensa.
Perdida.
Sofro por antecipação, por peito rachado, empedrado e por não saber o que fazer quando ela berra.
Os dias são peito, berço, cocô, colo, choro, peito, cocô, solzinho, banho, cocô, peito, peito, peito, peito.
As noites não têm sono dormido.
E de repente um sorriso de Marina.
Enquanto ela sonha.
Durante um mamá.
Quando ouvimos música.
E eu me transformando na mãe que jamais pensei existir.
Entendendo a minha que compartilha comigo uma risada nervosa enquanto Marina caga no chão.
Quando ela faz xixi na roupa limpinha.
E depois apresenta uma sequencia de caretas apaixonantes.
O pai incrédulo fazendo pose em frente ao espelho segurando nos braços a filha que muito provavelmente é a cara dele.
Não existia vida antes de Marina.
E agora isso.
Um amor.
Marina, tira o dedo do nariz! |
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